Tenho uma mania. Na verdade, tenho várias, mas esta não é das piores. Mesmo assim é uma mania e, claro, é relacionada com livros. Sabe aquela sensação quando a gente esta prestes a terminar um livro? É quase uma ansiedade, mas do lado bom da família das ansiedades. Aquela coisa gostosa, uma antecipação, um nervosismo. E sabe aquela sensação de quando a gente efetivamente termina o tal do livro? Tem gente que sente tudo quanto é tipo de coisa.
Eu, quando fecho o livro depois de ter terminado, sou tomado por uma sensação de vazio, de tristeza, de abandono. Cada livro provoca uma resposta emocional no leitor, e cada vez a sensação de terminar uma leitura, é diferente. Eu curto, eu gosto, eu desfruto, mas mesmo assim, ela está lá. Meu remédio: começar imediatamente outro livro.
Eu tinha lido o Hobbit do Tolkien há mais ou menos uns 20 anos atrás. Agora, com o filme sobre a trilogia do Senhor dos Anéis, da qual é uma espécie de introdução, li de novo. Claro, adorei. E, claro, já estrava me preparando para o “banzo” do final.
Mas desta vez fiquei esperto. Na noite de segunda para terça-feira passada, fui para a cama com o Hobbit em uma mão e com o Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio) na outra (Submarino e Amazon). Foi engraçado. Como era de se esperar, os estilos são completamente diferentes e as histórias não poderiam ser mais distantes. Um motivo a mais para curtir o contraste. E sem sentir o banzo.
A propósito, havia decidido ler só a primeira página do CITR mas fiquei completamente hipnotizado pelo estilo do Salinger. Nunca havia lido nada dele. É impressionante. Vivo, próximo, dinâmico, cru. A linguagem de um rapaz de 17 anos que, apesar de ter sido escrito em 1945, continua absolutamente atual. Afirmo isto baseado na versão original. Não me responsabilizo por traduções.
Se você nunca ouviu falar em Salinger, serve de referência o fato de que o cara (Chapman) que matou John Lennon disse estar motivado por este livro. O mesmo aconteceu com o rapaz que atirou em Ronald Reagan e com mais uma dezenas de atos de violência aparentemente não relacionados.
Será que vou querer matar alguém quando terminar o livro? 😎
ou, roubar algo…
depende do livro!
Pior é quando já se está morrendo de sono e o Stephem King muda a trajeyória da estória faltando 30 páginas pro livro acabar. Aí no outro dia lá vou eu ter que inventar o que dizer pra justificar a noite mal dormida e bem vivida.
Eu acabei de ler a versão original do “The catcher in the rye”e simplesmente adorei o livro, este foi o livro optativo obrigatório do meu curso de ingles que eu li mais rápido. Estou apaixonada pelo Holden… e olha que eu só peguei esse livro porque fiquei sabendo que aquele assassino famoso o Charles Mason gostava dele …
o apanhador…
a inocência sendo esfaqueada!!
apesar de ser tão grandioso como alguns dizem,leio-o porque me identifico demais com holden,por eu ter 16 anos também e por ver o mundo de uma maneira bem próxima.
Você deveria ler “Nunca lhe prometi um jardim de rosas”. Quando acabei, tive vontade de me internar num manicômio e conhecer uma Deborah.
Me sinto igual a ela em relação ao resto do mundo, tudo parece surreal, uma brincadeira de mal gosto….a diferença, bem, não tenho esquizofrenia..