Recebi algum tempo atrás um email de um visitante do Manual de Sobrevivência do Novo Escritor. Ele comentava um texto que escrevi sobre a possibilidade de se usar lembranças da infância para nos ajudar a produzir textos melhores. Reviver emoções fortes sempre é uma forma útil de se desenvolver a técnica.
Quando esteva respondendo ao email, comentando sobre minhas memórias, acabei relembrando algo que me é muito caro. Não tenho a menor dúvida de que minha mãe (Dulce) foi a pessoa mais influente na minha vida quanto ao desenvolvimento de uma apreciação pela leitura, pelos livros, por filmes, pelo prazer de ler e, mais tarde, pela necessidade de escrever.
É importante este tipo de conclusão. Ajuda a colocar nossa vida em perspectiva. Ajuda a perceber a quem devemos agradecer pelo que somos. Escrevendo este post, vieram à memória várias cenas da minha infância. Eu deveria ter em torno de 8 a 10 anos. Uma das muitas e muitas manhãs de férias escolares quando, enquanto eu tomava café da manhã, minha mãe lia os livros de Monteiro Lobato em voz alta.
Ali, entre uma xícara de café com leite e um pão francês com manteiga e mel, minha mãe estava construindo as bases da minha personalidade, do meu caráter, da minha cultura e do meu amor pelos livros.
Thanks, mom…
Há pessoas que nos alimenta a alma passando-nos aquilo que têm dentro de si. Essas pessoas plantam em nós a semente do conhecimento que mais tarde, desejaremos plantar em outros…
Assim são as mães…
e os amigos!
Oi,
Vc me fez lembrar o teste da minha filha, meu marido leu o final do livro para ela, e eu li o início do livro novamente, pois como ela lê devagar esqueceu um pouco da leitura inicial. Advinha qual foi o livro?
Caçadas de Pedrinho (Monteiro Lobato).
Abraços
Suely