Não tenha dúvida: Willian Shakespeare é um dos maiores autores de todos os tempos. E a qualidade de um gênio, como sempre, é revelada nas pequenas coisas. No dia a dia; no primeiro contato de duas pessoas; nos detalhes da conversa de dois jovens que se conhecem em uma festa. Veja se não é verdade, na tradução de Carlos Alberto Nunes:
Romeu– Se minha mão profana o relicário, em remissão aceito penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.
Julieta– Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.
Romeu– Os santos e os devotos não têm boca?
Julieta– Sim, peregrino, só para orações.
Romeu– Deixai, então, ó santa, que esta boca mostre o caminho certo aos corações.
Julieta– Sem se mexer, o santo exalta o voto.
Romeu– Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.
Beija-a
Julieta– Que passaram, assim, para meus lábios.
Romeu– Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolve-mos.
Julieta– Beijais tal qual os sábios.
Romeu e Julieta
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..no coments..!!!!rs
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Haveria alguem de viver um amor intenso, com pureza em suas palavras, paixão em seus atos e loucura em suas decisões, por amor este alguem poderia viver? Não sei mais esta obra de Shakespeare me faz sonhar, não com um amor assim, mais com o Dom de escrever o irreal, tornando quem ler sedento por realiza-lo.
Ph
(escreva-me se kiser, bjus!)