Samuel Pinheiro Guimarães é o secretário-geral do Itamaraty e um dos responsáveis pela nossa (falta de) política internacional. Ele fez agora mais uma coisa maravilhosa pelo Brasil: publicou um livro intitulado “Desafios do Brasil na Era dos Gigantes”.
Demétrio Magnoli (Folha, 20 de julho, A2) afirma que Samuel deixa claro, com todas as letras, que o Brasil deveria simplesmente esquecer o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares ao qual aderiu nos anos 90 e passar a desenvolver um programa nuclear próprio. Que fique claro: ele acha que devemos desenvovler a bomba atômica. Ou seja, coloca o nosso país ao lado do Irã.
Magnoli termina:
Em política externa, palavras são atos. As palavras do secretário-geral, escritas na conjuntura da “guerra ao terror” e do impasse no Irã, ricochetearão sobre o programa nuclear civil brasileiro e a relação bilateral com a Argentina. Como cidadão e diplomata, Samuel Pinheiro tem o direito de difundir suas opiniões. Como número 2 do Itamaraty, não tem o direito de abrir fogo contra decisões de Estado. Um governo sério o aliviaria do peso de seu cargo. Mas isso não acontecerá.
Pois é.
Nosso prestativo Itamaraty
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O governo atual pensa que politica externa é aquela que fica nos jardins do Palacio do Planalto!