Editei um post antigo para meu comentário na Rádio Clube esta semana. Logo vai aparecer aí nos podcasts.
No Brasil, em tempos de campanha política, o que mais se ouve são acusações.
Muitas são verdadeiras. E graves. Estão sendo investigadas pela polícia e aparecem nos meios de comunicação há meses.
Outras, levianas como os que as produzem, são vazias. Mas não são esquecidas. Sempre, em algum lugar, alguém vai se lembrar da calúnia, da injúria ou da difamação que foi feita.
Nestas horas, lembro da Teoria de Alayde.
Não, ela não era política. Não. Nem escritora. Nem jornalista. Nem professora. Alayde, era minha avó.
A típica vovó: sábia, baixinha, cabelinho grisalho e com cheiro de bolo de chocolate.
Aprendi com a minha Nona que, uma pessoa que acusa alguém injustamente age como se subisse no alto de um edifício carregando um travesseiro cheio de penas. Lá em cima, pegasse uma tesoura e abrisse o travesseiro esvaziando todo seu conteúdo ao vento.
As penas, claro, vão se espalhar por todo lugar.
Reparar o dano é o equivalente a tentar recolher todas as penas. Algumas, você jamais vai encontrar.
Alayde revisitada
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Oi Fábio! Obrigado pelo “brilhante”, rs. Só complementando a Teoria da Alayde: sempre me parece que na política há acusações públicas e vereditos secretos. Especialmente se descobrimos que a pessoa é inocente. Eu, pelomenos, nunca vi uma manchete dizendo: “Fulano inocentado em todas as instâncias!” Seria esse mais um exemplo, de… bem… schadenfreude? Abraço!
Parece que temos algo em comum, minha avó que não dormia de toca mas com travesseiro de penas dizia a mesma coisa. Falando nisso escrevi sobre ela ontem.
Abraços