A Nancy e eu moramos em um ap delicioso. Depois de morar quase cinco anos no primeiro andar de um edifício decrépito, na esquina mais barulhenta de Curitiba, com uma vizinhança terrível, estamos agora no 23º andar, com uma vista M A R A V I L H O S A da Serra do Mar.
O edifício é antigo, e tem uma coisa que não se vê mais hoje em dia: janelões de parede a parede. Tem tudo aqui perto: da sapataria ao sapateiro, mercado, locadora de dvd, farmácia… tudo. O lugar é perfeito. Nossos vizinhos de andar são maravilhosos e já fizemos amizade com vários outros moradores. A maior parte dos condôminos é de idade avançada, o que quer dizer que o prédio é super silencioso.
Mas… acho que vou reescrever a frase acima. O prédio ERA silencioso. De uns tempos começou uma barulheira terrível. A princípio a partir de determinada hora de sexta à noite. É tão alto que às vezes, especialmente sábado de manhã (catso!) a gente acorda com o barulho. Eu achava que era no ap de cima. Fiquei ainda mais espantado quando descobri que o barulho vem do ap debaixo do nosso, pois o de cima está vago.
E o ruído é do pior tipo: música alta, muita correria e, gritos. Muitos gritos.
Mora aqui em baixo uma mulher e duas crianças, sendo que uma delas tem síndrome de Down. Soube que esta mulher é “conhecida” no prédio, pois durante a reforma que fizemos no nosso ap, teve um dia que ela literalmente invadiu a obra, gritando, mandando os pedreiros parar pois “ela não queria mais ouvir um ruído sequer”.
Na época falei com síndica e ela disse: “Ela? Tô sabendo. Faça de conta que não aconteceu nada”.
Mas agora está demais. Cacete… já é quase 22:00 horas de domingo e elas estão lá embaixo batendo coisas nas paredes. Ontem, sábado… cara… sábado… repouso do guerreiro… acordei antes das 09:00 com esta louca gritando com as crianças. Meu… GRITANDO para as crianças arrumarem “alguma coisa”.
Hoje, desde 17:00 horas parece que a coisa está em frenesi lá embaixo. As batidas que dão nas paredes são tão fortes que sinto nas solas dos pés. Uma manhã, há pouco tempo, alguém estava apanhando lá. Ouvi pela janela do banheiro. Quem quer que estivesse apanhando, estava sendo batido contra a parede. Acredita? Quem faz este tipo de coisa?
Por isto a minha pergunta: o que fazer? A aporrinhação do barulho é o de menos (mas enche o saco). E se aquela louca está batendo nas crianças? Não me entenda mal, sou favorável a umas boas palmadas de vez em quando. Especialmente com certas crianças. Mas alguém, no ap debaixo do nosso, está abusando. Não acho que a síndica (que é inoperante) faça algo. Chamo polícia, conselho tutelar de crianças… quem?
O que fazer?
Blão – Blog bão
Dᠵma passada no Quadrado Imperfeito, mantido por Andreh Santos, Marcele Azevedo, Sabrina Lima e Silu Vieira. Vale a visita. Durante a visita roubei pedaço deste post. Para ler inteiro visite o Quadrado. As melhores partes ficaram lá
COMO É QUE A GENTE PODE VIVER SEM SABER DISSO TUDO?
01- O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.
05- Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.
06- As formigas se espreguiçam pela manhã quando acordam.
09- Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, impossível toc᭬o com a
pr
Finalistas
ATENÇÃO ATENÇÃO
Saíram os finalistas do Concurso de Narrativas Breves Haroldo Maranhão, promovido pelo Sub Rosa da Meg Guimarães. Só ela poderia ter bolado alto tão importante, simples e maravilhoso, tudo ao mesmo tempo.
Vai lá conferir se vc está entre os classificados.
Minha mesa
Saco…
A minha frase mais falada em casa é: preciso arrumar minha mesa.
É incrível como a entropia tende a atacar minhas pilhas de papéis e fazer com que elas crescam, fiquem inclinadas, depois caiam umas por cima das outras e vão lentamente tomando conta até do pedaço de pelego de carneiro onde a Miadóra gosta de ficar dormindo, do ladinho do fax.
Aqui tem de tudo: material para minha monografia, vários livros de pesquisa para agora e para só Deus sabe lá quando, alguns exemplares do Geena, matéria de comunicação comparada, fotocópias de estética, o original do Revessa, esperando para ser revisado, um mug de chá vazio, pastilha Milanta, vários bilhetinhos e lembretes de tamanhos variados, um pacotinho de incenso em cubos Rosa da Índia, tudo o que saiu nos jornais sobre o lançamento do Geena em Curitiba e na Lapa, agenda, um catálogo de cursos da New York Film Academy com o currículo de um curso de direção de um ano (que, claro, por enquanto não vou fazer), 3 cheques para depositar, um porrilhão de contas para pagar (esperando para ser pagas depois que compensar os cheques que ainda não depositei), 3 Folhas de SP não lidas, lenço de papel…
Agora há pouco fiquei puto. Coloquei tudo no chão, menos a Miadóra e o retrato da Nancy. Sabe o que vou fazer amanhã bem cedo, antes de começar a trabalhar?
Exato.
Arrumar a mesa.
Como diz um amigo meu: it never f…ing ends.
Live… blues bandido
Já faz algum tempo que estou ouvindo a Live 365.
Uma rádio em especial: Bandit Blues.
Agora está tocando Scott Holt – Right Place, Wrong Time, do cd Dark of The Night.
Toca muito blues contemporâneo. Pouca coisa antiga, mesmo assim, totalmente no clima do blues: criança abandonada, família destruída, coração partido, livros e fotos empoeiradas, cartas recentes rasgadas, bilhete amarelado de amor esquecido, um cara sozinho em uma varanda, mulher andando na chuva misturando lágrimas salgadas com chuva doce, deserto na cidade, abandono, falência, insolvência, doença, vento, frio, bebedeira, espancamento, traição, boteco, boate, bordoada, garrafada, corte na cabeça, enfermeira de lábios vermelhos, amor eterno.
Tudo bem blue.
Tudo bem blues.