Putz!
Nem acredito. Está confirmado. Finalmente os Guerreiros de Xi’an vêm para Curitiba.
Que me desculpem cariocas e paulistas, mas existe vida inteligente também em outras cidades do Brasil. Escritores, atores, artistas, músicos… muita produção séria, muita gente competente, profissionais de gabarito. Claro que ainda existem os últimos bastiões daquela coisa regionalista, babaca e autofágica, mas o profissionalismo e a qualidade estão, lentamente, prevalecendo.
Atenção produtores, organizadores de eventos, editoras, galerias e mecenas: Parem de olhar só para o seu umbigo. Curitiba existe, respira, trabalha, produz e se aprimora e está cada vez melhor.
Fonte – Gazeta do Povo
O paranaense poderá ver de perto, em julho, peças de um dos maiores tesouros arqueológicos do mundo, as estátuas em terracota dos Guerreiros de Xi’an. A vinda da mega exposição “Guerreiros de Xi’an e Tesouros da Cidade Perdida”, anunciada ontem pela diretora do Museu Oscar Niemeyer (MON), Maristela Requião, marcará a reabertura do museu, fechado há mais de dois meses por problemas de infra-estrutura.
“Representa muito para o Paraná. É a primeira vez que essas peças saem da China, um tesouro de valor inestimável que poucos chineses tiveram oportunidade de ver”, afirma a diretora do MON. Foram cerca de dois meses de negociação até que a transferência da exposição, que fica em São Paulo até o dia 8 de junho, fosse confirmada. Segundo Maristela, o principal obstáculo para a vinda das peças para o Paraná era a posição da República Popular da China, que não queria que os objetos permanecessem tanto tempo fora do país. “Por intermédio da embaixada brasileira em Pequim conseguimos convencê-los a ampliar a permanência das peças no Brasil”, explica Maristela.
As cerca de 400 peças – entre estátuas de argila, vasos, roupas, quadros, pinturas e utensílios domésticos e de guerra – devem chegar a capital paranaense no dia 1º de julho e ficar até 30 de agosto. Como a distribuição da exposição no espaço do museu precisa ser estudada, ainda não foi definida a data exata da abertura para o público. “Para o museu, que em si já é uma obra de arte, esta reabertura vai proporcionar um reconhecimento em toda a América Latina”, prevê a diretora. Em São Paulo, a exposição chinesa já recebeu 600 mil visitantes.
De acordo com Elisio Yamada, gerente de projeto da Brasil Connects (entidade que organiza e coordena a exposição), o espaço do MON permite que a exposição em Curitiba tenha alguns painéis fotográficos que acompanham os guerreiros e que não integraram a exposição de São Paulo. Yamada esteve ontem visitando o museu junto com uma missão chinesa. O custo da vinda da exposição para Curitiba e do seguro das peças ainda está em negociação, segundo Maristela Requião.