Em 1989, durante a campanha eleitoral, quando as pessoas definiam em quem iam votar para presidente, se a escolha era, por exemplo, por Luiz Inácio Lula da Silva, a gente dizia que tinha “lulado”. Se a opção era por Guilherme Afif Domingos, a pessoa afirmava: “eu afifei”. E se o voto ia para Fernando Collor o eleitor dizia que tinha “collorido”.
Claro que, no segundo turno, só ficaram duas opções: lular ou collorir. A campanha foi pesada, com acusações e agressões dos dois lados. Mas em primeiro de janeiro de 1990, Fernando Collor vestiu a faixa presidencial.
Por pouco tempo: em 29 de dezembro de 1992 renunciou à presidência vinte minutos depois de o Senado instalar a sessão para julgá-lo por crime de responsabilidade.
Collor foi condenado e impedido de exercer funções públicas por 8 anos.
Em 2000 tentou ser prefeito de SP, mas teve a candidatura impugnada.
Em 2002 tentou ser governador de Alagoas, mas não chegou ao segundo turno.
Agora, Fernando Collor registrou sua candidatura para concorrer a uma vaga de senador por Alagoas.
Em campanha, ele, logo quem, proprietário de pilhas de meios de comunicação, acusou o candidato Geraldo Alckmin de ser da elite.
Estranho? Calma que vem mais: Collor apóia a reeleição de Lula.
Sendo eleito vai compor a base aliada do governo, dando sustentação ao presidente Lula em um possível segundo mandato.
Pois é. Juro que estou falando a verdade. Depois de tudo o que os dois disseram um do outro na campanha em 1989, depois de todas as falcatruas que vimos nos dois governos, agora os dois vão se unir.
Depois de 17 anos, Collor lulou e Lula, colloriu.
Não acredito!
This entry was posted in atualidades. Bookmark the permalink.