Passei mal…

É conhecido o fato de que certos efeitos visuais podem servir como uma espécie de gatilho para ataques de disritmia cerebral. Tanto é verdade que certos games (jogos para computadores) deixam claro que determinadas passagens, cenas ou seqüências inteiras podem desencadear uma crise em um portador desta condição.
O mesmo acontece com algumas atrações em parques temáticos como EPCOT Center, MGM ou Universal. Não sei explicar bem, mas o problema está relacionado com uma certa freqüência ou seqüência em que certas luzes piscam. O cérebro se perde na interpretação dos sinais visuais que está recebendo e é desencadeada crise de disritmia.
Eu fiz download da versão DEMO de um game que se chama Die Hard Trilogy. Instalei, configurei e comecei a jogar. É uma daquelas versões adaptadas de filmes. Coisa de força bruta e muito chumbo. Nada de cérebro. Lembrando meus tempos de analista de jogos, é o que se chama de FPS – First Person Shooter, ou seja, você encarna no personagem principal e sai mandando bala (e granadas e foguetes e porradas) em tudo e em todos que aparecerem na frente.
Assim, estava lá eu em meio a uma rebelião em um presídio quando senti uma coisa engraçada: calor. Nada de novo, não estivesse fazendo hoje aqui em Curitiba fazendo menos de 10 graus. Mas foi um daqueles calores esquisitos. Sabe o suor frio que a gente sente quanto tem muita fome ou quando cai a taxa de açúcar no sangue? Ou quando leva um puta susto? Pois é, daqueles.
Meus olhos começaram a arder. Tontura. Um pouco de falta de ar. Enjôo. Náusea da braba. Dei uma parada. Tive dificuldade em levantar da cadeira. Alguns minutos depois passou. Claro, pensei: foi alguma coisa que comi.
Tomei um copo de água e voltei para o pc. Um minuto depois, a coisa piorou. E piorou. E piorou. Tive que sair do jogo e quase… bem… chamei o Hugo.
Vou tentar descobrir alguma informação mais detalhada sobre o problema. Se alguém souber de algum detalhe, por favor, me avise.

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8 Responses to Passei mal…

  1. Cassio Silva says:

    Não cheguei tão longe, mas eu ficava meio tonto quando jogava Doom. Por isso que hoje só jogo paciencia e Age of Empires (Nossa!!! Já tem meses que eu não jogo)

  2. Fabio Marchioro says:

    Nina, não se preocupe. Já desinstalei aquela bagaça.
    Cassio, agora estou atrás do Warcraft III que foi lançado estes dias. Parece que tem alguns “amigos do alheio” que já estão disponibilizando uma versão na internet. Que feio, né?

  3. Nina says:

    Menino, toma cuidado hein!!!

  4. vania says:

    senti isso no planetário, aqui no Rio.
    ficamos olhando pro teto, fez-se um breu, e começou um show com luzes, algo como um monte de fachos de muitas cores, passando muito rápido pelo teto.
    quase vomitei, também.
    medonho.
    nunca mais!!!

  5. Cassio Silva says:

    Muuuuuiiiito feio :)))

  6. Rita says:

    Oi…estava procurando informações sobre disritmia cerebral e apareceu sua página….qdo adolescente tinha disritmia e sentia tudo isso…tomei remédio por muito tempo….hj, sinto de vez em qdo, as vezes acho que o emocional tb me deixa assim….

  7. Paula Costa says:

    Em Curitiba podem estar menos de 10 graus? Pensei que não fizesse esse frio em nenhuma parte do Brasil. Este ano aqui estiveram menos de 3, mas a nossa diferença de temperatura é enorme, ou seja, quando no Verão chega aos 40 já é um sufoco que deixa qualquer um de rastos.
    Abraços,
    Paula, Lisboa, Portugal

  8. Luis Enrique Fregoneze says:

    Fabio Marchioro vê se essa lhe da uma idéia sobre o assunto “PASSEI MAL”
    Mais uma empulhação gramsciana nos será oferecida em pouco tempo. Trata-se de um novo programa infantil, que se há de chamar “Teletubbies” e fará sua estréia, na TV Globo, em janeiro do próximo ano.
    Sabemos que Antonio Gramsci, ideólogo preferido das esquerdas modernas, entre elas a nossa, tratou de delimitar o seu campo de atuação como sendo aquele em que o conflito ideológico direto e explícito é substituído pelo ataque ao subconsciente formador de nosso senso comum, conjunto de hábitos, frases feitas, giros verbais e demais modismos que em última análise orientarão nosso comportamento geral e nos farão, com maior ou menor intensidade, predispostos a aceitar as idéias propostas pelo partido.
    Vivendo um avançado estágio da escalada rumo à hegemonia, ponto em que todos – segundo o próprio Gramsci – partilharão das mesmas idéias e princípios convenientes à revolução, ou seja, quando a reta intenção de buscar a verdade será substituída de vez pela dedicação total das energias à propaganda revolucionária, é claro que tudo, em nível cultural, tende a piorar e causa deveras consternação perceber que se aproxima a etapa final deste triste processo de decadência da inteligência humana.
    Visto que a conquista da hegemonia seria o indicador perfeito para a tomada de poder pelos arautos gramscianos (por razões obviamente extraídas de uma atmosfera intelectual que se furta ao debate e à polêmica, predispondo-se a aceitar qualquer que seja a sandice pelas esquerdas proposta), realmente é de espantar o descaro com que as coisas vão ganhando forma. Que não seja por falta de aviso: É chegada a hora, para os revolucionários, de mover a peça e declarar em alto e bom som: – xeque-mate!! – e nisto todos hão de concordar comigo, bastando que, para isso, analisem os jornais durante alguns dias e percebam a ausência total das polêmicas e o espantoso grau de nivelamento de todas as opiniões (sobre todos os assuntos).
    No curso desta tendência programada, brevemente nos depararemos com um simpático grupo de extraterrestres, cheios de amor para dar… Chamar-se-ão Teletubbies! Brincadeira? Pois quê! Os bichinhos, que não emitirão nenhum som humano, comunicando-se por meio de onomatopaicos, tratarão de dar às crianças – entre um e cinco anos, público preferido por Gramsci devido à incipiente formação intelectual, e por isso mesmo mais facilmente moldadas segundo seus princípios – a educação que lhes convém para que estejam, o mais rápido possível, aptas a receberem os ensinamentos do mestre, sem resquícios de preceitos cristãos ou, segundo a esquerda, meramente burgueses. Tu duvidas? Veja só.
    Primeiramente, analisemos o caráter materialista totalitário da série, que visa em suma equiparar a formação de toda uma geração, em escala mundial, segundo os mesmos distorcidos princípios, baseados num esvaziado senso de moral porquanto seja dissociado de qualquer aspiração mais elevada que a simples manutenção de uma pretensa ordem Estatal. Quanto ao caráter global de suas pretensões, note-se: “…premiada série que já é conhecida das crianças em vinte e dois países. ” – O Globo, 13 de dezembro de 98. Segundo esta declaração, está claro que podemos esperar toda uma geração de adolescentes formados segundo os padrões estipulados pelos diretores desta série e aceitos tacitamente por pais ausentes e mães que se preocupam muito mais com o próprio sucesso profissional do que com a formação primeira de seus rebentos.
    Vencida a primeira etapa de xuxas – de diversas nacionalidades – padronizaram a coisa para que as diferenças sejam minimizadas (podem perceber que os programas nativos de animação já passaram a visar um público algo mais velho do que este que está na mira dos telemarcianos… estão abrindo alas para os maiorais tomarem seus lugares).
    Continuando a reportagem d’ O Globo: “No brasil há vinte milhões de pessoas em idade pré-escolar, mas uma pequena parte freqüenta o maternal, por isso o programa terá também função social de educar…” O leitor, que é um frêmito curioso, há de perguntar: – Educar como, cara pálida? Vejamos: “É educativo porque apresenta relações de grandeza, e conceitos como solidariedade, espírito de colaboração, etc.” Assustador, não? Já dá para imaginar o que vem por aí, em forma de “relações de grandeza”: – a libélula azul dos trópicos é mais importante do que criancinhas escravizadas na África, ajudem a preservar o ecossistema e, se sobrar algum, ajudem as coitadinhas… comprando-as! (o leitor talvez não saiba que a compra de crianças escravas na África, sob o pretexto de libertá-las, já é uma triste realidade nos jardins-de-infância dos EUA. Note bem, a despeito da possibilidade de inflacionarem o mercado escravo – incentivando o tráfico – e ao invés de pressionarem os Estados Nacionais para que coloquem ordem no continente africano, terminando de vez com esta barbaridade, representantes de ONGs – sempre elas! – andam por aí, irresponsavelmente comprando escravos com dinheiro da mesada que a molecada ganha dos pais – e remete para as organizações com sede na África, via campanhas de solidariedade, etc.- …e ainda acham isto bonito!!!! Que papelão!!). Sem contar com o fato de que apresentar-se-ão relações de responsabilidade entre pessoas – a mesma solidariedade supracitada que ensejou este absurdo das compras de escravos em pleno século vinte, por exemplo – como sendo absolutas, quando na verdade, são sempre relativas às aspirações finais de seus mentores, aspirações estas sempre escamoteadas à la manière de Gramsci .
    Em frente! Tem mais: “Queremos divertir, só que com atrações politicamente corretas”. No dia de Zumbi, os marcianos provavelmente aparecerão empunhando atabaques, cheios de ginga, com o neguinho da beija-flor gritando: – Alô povão marciano, agora é sério!!!! Chora, cavaco…
    Segundo Carlos de Albuquerque, responsável por um dos parágrafos mais alarmantes da reportagem: “aquela música new age, o barulho do campo, o ambiente colorido e os bichinhos pulando para lá e para cá, soltando gemidinhos de bebê, proporcionam a atmosfera ideal para o desligamento temporário de algumas áreas do cérebro. E o relax é inevitável.” Ora, é claro que isto é premeditado, com alicerce em anos de estudo de neurolingüística. A mensagem deve ser justamente dirigida para uma mente que não se encontra totalmente apta a reagir, e sendo estas mentes pertencentes a crianças impúberes, é importante que a linguagem audiovisual utilizada seja capaz de atrair os sentidos mui delicadamente, escapando ao risco de ofender a compleição física da criançada, como , por exemplo, causando-lhes dores de cabeça ou até mesmo convulsões – como visto recentemente no Japão, onde crianças expostas a determinado videogame eram levadas ao estado de disritmia cerebral. O programa de TV dirigido aos infantes deve, como um xarope, ser oferecido conjuntamente a algo bem palatável…
    Os artífices deste programa provavelmente nunca ouviram falar em Antonio Gramsci, mas comportam-se segundo seus preceitos, agindo como a roda que, depois de empurrada ladeira abaixo, desconhece por que abandonou sua confortável inércia e segue rodando até que alguma coisa determine o fim de seu movimento… a revolução se lembrará de avisá-los quando for a hora de parar.

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